domingo, 29 de janeiro de 2017

ESTAMOS VIVENDO
EM OUTRA DITADURA
Em 1964 os mesmos patrocinadores do golpe do impeachment de Dilma uniram-se para não permitir que ocorressem as eleições de 1965, quando o Congresso e o Presidente da República seriam eleitos na mesma eleição, pela primeira vez, após a Constituição de 1946.

Explico: Como o mandato do presidente era de cinco anos e o dos deputados e senadores, de quatro anos, só de vinte em vinte anos ocorreria a coincidência das eleições na mesma data. E não havia dúvida de que o partido do presidente faria maioria no Congresso.
Foi para evitar que o presidente (que poderia ser Brizola) promovesse as REFORMAS DE BASE, que a UDN (o PSDB daquela época) alinhada com o capitalismo internacional foi buscar nos quarteis o apoio para o golpe. E ficamos sem poder reagir durante 25 anos.
É bem verdade que alguns reagiram. Cada um do seu modo. De nossa parte, Jornalistas e intelectuais denunciávamos as arbitrariedades, através de jornais alternativos, letras de músicas e panfletagem. Isto porque as redações dos grandes jornais eram censuradas.
Além disso, alguns jovens, acreditando que o povo iria aderir à luta armada lançaram-se às aventuras nas matas e periferias, como se o Brasil fosse Cuba. Lembrando que Fidel e Guevara foram bem sucedidos em façanha semelhante, não fazia muito tempo.
Aquela ditadura, apoiada pelas elites do comércio, da indústria e dos meios de comunicação que foram cooptados com patrocínios e financiamentos com dinheiro público, fazia exatamente o que estamos presenciando.
A diferença é que os militares jogavam um jogo mais limpo. Até por que havia dentro das três forças armadas um número bem expressivo de NACIONALISTAS, que não aceitavam o Comunismo, mas combatiam o ENTREGUISMO do PSDB da época.
Outra característica da ditadura militar é que eles criavam as próprias leis. O AI 5, por exemplo, que tirou todos os direitos dos cidadãos, inclusive o Habeas Corpus, teve prazo certo de duração (dez anos) de 1968 a 1978.
Hoje, o juiz Sergio Moro não respeita a legislação vigente, e as instâncias superiores (que parecem inferiores diante dele) não têm coragem de anular suas decisões, com medo da mídia que faz a cabeça da população. Até passaram por cima da Constituição ao “anular” o inciso LVII do Art. 5° (LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) só para permitir que o juiz do STM (Supremo Tribunal da Mídia) possa manter os indiciados sob a tortura da prisão indevida, enquanto não aceitam DELATAR políticos previamente escolhidos.
O pior é que a gente está vendo ser implantado o Neoliberalismo que foi escorraçado do poder em 2002 e por mais três vezes não conseguiu vencer as eleições, em flagrante e firme posição demonstrada pela MAIORIA dos eleitores.
Enquanto isso, a mídia comprada com dinheiro público, não mostra aos brasileiros que o neoliberalismo entreguista, antinacionalista, está vendendo nossas empresas públicas por valores insignificantes, que serão pagos com PARTE do lucro do próprio negócio que receberam pronto.
Confesso que se nada acontecer em fevereiro, após a divulgação das delações, não vou assistir a mais essa humilhação com data marcada. Vinte anos de espoliação e vergonha, vendo esses bandidos concluírem a entrega do Brasil a quem PATROCINOU a assunção deles ao poder.
Ainda não sei como. Mas vou reagir.

sábado, 21 de janeiro de 2017

NACIONALISMO X POPULISMO
Como sempre deturpando o sentido das palavras para confundir, o jornal O Globo de hoje (21/1/2017) abre com a seguinte manchete de primeira página: “PRESIDENTE TRUMP INAUGURA ERA POPULISTA NOS EUA”.
Usando termos tão, ou mais, pessimistas dos que usou quando começou a desconstrução do Governo Dilma, visando o impeachment, o jornal dos marinhos parece que pretende derrubar o novo presidente dos EUA, Donald Trump.
Quem sabe, consegue?
Mas precisa, antes de tudo, fazer uma reflexão sobre o que seus editores entendem por Populismo como coisa tão nociva. Porque nada há de mais populista do que o que suas redações (Rádios, Jornais, Revistas e emissoras de Televisão) estão fazendo, quando apoiam e incentivam a Operação Lava Jato jogando a população contra as classes privilegiadas representadas por grandes empresários e líderes políticos.
O QUE É POPULISMO:
O populista (como faz a dupla Moro & Mídia) procura conquistar a simpatia do povo para construir um novo poder, baseando sua estrutura na denúncia constante dos males (corrupção) que encarnam as classes privilegiadas. Nesse caso, as Grandes Empreiteiras e a elite política no poder.
O QUE É NACIONALISMO
Já o conceito de nacionalismo pode ser representado pela Revolução Francesa e a Independência da América. Primeiras grandes manifestações do nacionalismo na Idade Moderna.
Representado também pela frase encerrando o discurso de posse do novo presidente dos EUA: AMÉRICA PARA OS AMERICANOS!
Seguindo-se esse raciocínio pode se concluir que Donald Trump não está praticando populismo, porque não promete acabar com privilégios dos poderosos e muito menos proporcionar às classes menos favorecidas (que votaram na candidata democrata) quaisquer privilégios. Pelo contrário já está retirando um dos mais importantes que foi o programa Obama Care.
O que o presidente que assumiu o comando dos norte-americanos está anunciando, sem reservas, é um PROGRAMA NACIONALISTA que pode bater de frente com o que se convencionou chamar de Capitalismo Moderno que o Federal Reserve e os demais banqueiros internacionais estão impondo às nações subjugadas sob o codinome "neoliberalismo" adotado pelos tucanos nos anos 90, rechaçado em 2002/2006/2010 e 2014, mas agora adotado pelo governo golpista de Meirelles/Temer.
Aliás, já dá para perceber que essa gente (tanto lá, como cá) sentiu o golpe, e está mandando seus colunistas amestrados iniciarem o processo de desconstrução do que está começando a ser construído.
Vamos ver aonde essa briga vai chegar. E torcer para que o Sistema Globo não consiga derrubar Donald Trump.