quarta-feira, 30 de novembro de 2016

NÃO EXISTE EX-TUCANO
Tucano é sempre Tucano. Outros pássaros ainda podem mudar de cor e mudar de nome. Um pardal pintado de amarelo pode parecer Canário. Mas o Tucano não. Mesmo mudando de cor, o bico não deixa dúvida. E eles sempre metem o bico onde quer que estejam.
DELCÍDIO NÃO DEIXOU DE SER TUCANO
E não deveria ter sido líder do Governo Dilma no Senado só porque tinha trânsito com a oposição. Delcídio nunca foi confiável e demonstrou isso em diversas oportunidades agindo como tucano, liderado por Serra.
Mas não é porque não gosto e não confio em tucano, que vou concordar com o que o Senado fez com Delcídio baixando a cabeça e obedecendo as ordens do STF, com o aguerrido apoio dos tucanos e de uma oposição que se diz de esquerda.
Parabéns presidente Renan por ter tentado manter a dignidade do Senado, único órgão que pode aprovar, julgar e cassar os membros do STF.
Se os senadores com rabo preso pensam que vão ser respeitados pelo STF ao entregar a cabeça de um de seus membros estão muito enganados. O que a 2ª Turma do STF e o PGR Janot fizeram com Delcídio será feito com cada um dos parlamentares que têm contas a ajustar com a Lava Jato.
A demonstração de força do STF não está só em prender um senador com base em uma gravação não periciada. O recado está na prisão do PRIMEIRO TUCANO que pode retroagir aos anos 90 de FHC pois tudo leva a crer que esse pássaro vai abrir o ENORME BICO e mostrar tudo o que ele guarda desde os tempos em que foi diretor da Petrobrás, nomeado por FHC.
E mais: A decretação da prisão de Delcídio do Amaral teve duas grandes motivações: a primeira foi atender aos procuradores, que queriam invadir os arquivos do líder do Governo e seus assessores (como sempre faz Sérgio Moro), para ver se encontravam alguma coisa que Cerveró ainda não disse. E o segundo motivo foi dar um recado a quem se julga acima do bem e do mal, para que não envolvam os santos nomes dos senhores ministros em vão. Mesmo que eles tenham prometido qualquer ajuda.
Em Tempo: No Artigo anterior intitulado NÃO É COINCIODÊNCIA, falei sobre o cuidado dos Ditadores em respeitar as REGRAS DO JOGO, mesmo que para isso criassem suas próprias regras, como o AI-5 que não permitia “habeas corpus”. Mas isso terminou em 1979 e novas regras foram criadas com a CONSTITUIÇÃO CIDADÃ, onde o cidadão não pode sofrer qualquer tipo de agressão como a inviolabilidade do asilo do lar e de documentos particulares. Afinal, se a lei garante o direito de ficar calado para não fornecer informações que possam comprometer o cidadão, também não permite a invasão da privacidade na busca de informações que o comprometam. E o que mais se vê a partir da Lava Jato é o desrespeito à privacidade e ao ASILO DO LAR.
M. Pacheco, em 29 de Novembro de 2015. REPUBLICADO EM 30/11/2016

terça-feira, 29 de novembro de 2016

NÃO É COINCIDÊNCIA
Primeiro o Juiz Moro manda prender um cidadão que ia prestar depoimento em CPI e dá uma banana para a Câmara Federal. Aliás, já havia dado outra, negando-se a receber uma medalha daquela Casa, um dia antes.
E no dia seguinte, o STF manda prender o líder do governo no Senado baseado em gravação não periciada de uma conversa informal onde quem gravou conduzia a conversa para os pontos que mais o interessavam, só porque três ministros foram citados pelo senador na conversa gravada sem autorização judicial.
Em ambos os casos, escritórios e residências dos presos foram vasculhados para que a Polícia Federal pudesse obter as provas que não tinha antes da prisão.
Alguém pode me dizer o que foi que aconteceu no Estado de Direito?
Sou jornalista há mais de 55 anos; fui preso durante a vigência do AI 5. Mas confesso que estou surpreso com os fatos ocorridos ultimamente.
Vejam bem: os DITADORES militares criaram uma legislação (Ato Institucional nº 5) para JUSTIFICAR AS ARBITRARIEDADES que sabiam que iriam cometer, inclusive retirando direitos como o habeas corpus.
Hoje, juízes e policiais invadem residências e escritórios sem a menor cerimônia para se apoderar de computadores e documentos de propriedade dos INVESTIGADOS AINDA SEM CULPA FORMADA. Será que eles não sabem que o AI 5 tinha prazo de dez anos, que já expirou?
A GRANDE COINCIDÊNCIA é que tudo aconteceu no momento em que o Congresso estava pronto para votar vetos e aprovar leis que podiam ajudar Dilma iniciar seu segundo mandato.
M. Pacheco em 29/11/2016 (texto atualizado).

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

NEM TODOS SÃO
IGUAIS PERANTE A LEI
Presidente da República, Ministros do Supremo, Deputados e Senadores, todos são passíveis de serem punidos por CRIME DE RESPONSABILIDADE ou ABUSO DE AUTORIDADE.
Apenas SÉRGIO MORO E SEUS MIQUINHOS AMESTRADOS continuam agindo à margem da lei, e com apoio da mídia fazem o que querem sem serem molestados.
São marginais e querem continuar sendo ao EXIGIREM que NÃO SEJAM ENQUADRADOS na mesma legislação que PUNE SEUS SUPERIORES HIERÁRQUICOS.

O Congresso não pode se submeter a essa pressão dos MIQUINHOS AMESTRADOS DO MORO e da MIDIA MARGINAL.

terça-feira, 22 de novembro de 2016


ACHO QUE AINDA VAMOS AGRADECER AO TRUMP

Vocês repararam como os golpistas (mercado, mídia, lava jato, quadrilha Temer, e o STF) estão batendo cabeça depois da vitória do Donald Trump?O golpe foi estruturado lá nos states, mas com base numa filosofia continuista. Ou seja: mesmo que os democratas perdessem o governo os republicanos manteriam o rumo da prosa.Acontece que quem venceu não tem nenhum compromisso com o que está estabelecido. Cia e FBI serão comandados por gente do Trump que está pouco se incomodando com os golpistas daqui, e o Fed (como fede) terá que mudar os planos de derrubada do Brics se quiser continuar mandando no mercado. A não ser que Donald Trump morra “acidentalmente” ou nas mãos de algum “fanático” que depois será assassinado pelas mãos da Cia ou FBI como Kennedy que havia decidido romper com o Fed.

DILMA NÃO PODE SE

CURVAR AOS DERROTADOS 

(TEXTO POSTADO EM 22/11/2014 NO ANTIGO BLOG JÁ DESATIVADO. E RESGATADO PELO FACEBOOK)
Não foram apenas o PSDB/DEM/PPS e PSB que perderam as eleições para Dilma, com Aécio. Foi todo um sistema iniciado em 1994 com o Plano Real, e sacramentado pelas emendas constitucionais e legislação financeira (como a LDO) no final do governo FHC. Tudo sob medida para engessar os governos seguintes, obrigando-os a seguir a Cartilha Neoliberal do Consenso de Washington
Importante destacar que, em QUATRO VEZES SEGUIDAS, esta decisão DAS URNAS vem se repetindo desde 2002.
No primeiro governo Lula (LULINHA PAZ & AMOR) os neoliberais continuaram mandando, representados por Henrique Meirelles (no Banco Central), Nelson Jobim (no comandando das Forças Armadas) e o advogado recém-falecido, que apoiou a Ditadura Márcio Thomaz Bastos (no Ministério da Justiça). Inclusive orientando Lula, na escolha dos ministros do STF.
Mas apesar de tudo isso houve avanço nas conquistas sociais, e devido a um cochilo do Banco Central (*) o Brasil saiu da inércia para o desenvolvimento.

GOVERNO DILMA

No oitavo mês do Governo Dilma os brasileiros perceberam que não precisavam se curvar às decisões do “mercado”. Foi quando a presidenta (depois de se desvencilhar de Palocci, Henrique Meirelles e Nelson Jobim) segurou as rédeas do Banco Central (como havia prometido em pronunciamento frente à elite econômica em Nova Iorque, durante a campanha, em 2010) e conseguiu reduzir a Taxa Selic de 12,5% em setembro de 2011 para 7,25% até março de 2013, fazendo uma economia de 150 bilhões de reais no pagamento da dívida.
Nesse período, o governo Dilma obteve os maiores índices de aprovação popular (65% de ótimo e bom, e apenas 7% de ruim e péssimo) segundo o Datafolha.
O resto todo mundo sabe: Oposição, Mercado e Mídia juntaram-se aos sete por cento de ruim e péssimo, que representam alguns milhões de pessoas (7% de 200 milhões = 14 milhões), e organizaram as manifestações que começaram logo após a constatação de que Dilma venceria no primeiro turno em 2014.
Portanto, não há dúvida de que a grande maioria do povo brasileiro não quer o Brasil atrelado ao FMI/FED, nem pautado pela ANJ/ABERT/FEBRABAN que servem ao mesmo patrão – o “mercado”.
(*) COCHILO DO BANCO CENTRAL:
Em 2003 o governo liberou o Crédito Consignado que permitiu aos Servidores Públicos Civis e Militares, ativos e inativos, endividados em Cartões de Crédito e Cheque Especial, pagarem todos os compromissos com juros baixos. Não tão baixos como deveriam ser por se tratar de dívida sem risco, paga compulsoriamente em folha de pagamento. Mas suficiente para criar um mercado interno que poderia estar funcionando até hoje, não fosse uma alteração na legislação do Banco Central em 2007 (quando Henrique Meirelles resolveu “henriquecer” mais ainda os banqueiros) quando deu poder aos gerentes de banco para transformarem Contas-Salário em contas universais. Um verdadeiro crime de estelionato.M. Pacheco 

segunda-feira, 21 de novembro de 2016


50 ANOS DE FURTO

AOS TRABALHADORES

Nesta data, em 1966, sob a batuta de Roberto Campos – mal comparando, o Henrique Meirelles da época - os patrocinadores do golpe militar decidiram se apropriar do caixa dos Institutos de Aposentadoria e Pensões dos trabalhadores na iniciativa privada para financiar projetos e pagar dívidas do estado através do DECRETO-LEI Nº 72, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966 com o seguinte preâmbulo: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe é conferida pelo art. 30 do Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, combinado com o art. 2º do Ato Complementar nº 23, de 20 de outubro de 1966,
DECRETA:
Art 1º Os atuais Institutos de Aposentadoria e Pensões são unificados sob a denominação de Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Art 2º O INPS constitui órgão de administração indireta da União, tem personalidade jurídica de natureza autárquica e goza, em toda sua plenitude, inclusive no que se refere a seus bens, serviços e ações, das regalias, privilégios e imunidades da União.
A PARTIR DAÍ
Todos os bens e arrecadações previdenciárias passaram a ser usadas para o pagamento e custeio não só dos trabalhadores da iniciativa privada, como os dos servidores públicos civis e militares.
DE VOLTA AO PASSADO
SE HOJE ESTÁ TÃO DIFÍCIL custear as despesas dos trabalhadores da iniciativa privada, por que o Estado não devolve a eles os seus Institutos? Evidentemente pagando com a devida correção monetária E JUROS IGUAIS AOS QUE SÃO PAGOS AOS BANQUEIROS, tudo o que deles foi furtado durante todos esses anos?
Eu tenho uma sugestão, que divulguei em 1998, e deu origem às ORGANIZAÇÕES SOCIAIS do governo FHC.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

QUANDO DILMA DEU UM CHEGA PRÁ LÁ
NO MERCADO
Questionada por uma “fofoqueira” do Globo (aquele tipo que leva-e-traz, fomentando discórdias) sobre o fato do ex-presidente Lula ter dito que “Joaquim Levy tem prazo de validade” a presidenta Dilma respondeu:
 “Não só gosto muito do presidente Lula, como é público e notório, como o respeito. Mas não concordo (que Levy tenha prazo de validade). Aliás, (eu e Lula) não temos de concordar sobre tudo”.
A presidenta Dilma, poderia ter dito ainda que já demitiu Henrique Meirelles em agosto de 2001, sem pedir licença a ninguém. E aproveitando que estava com a caneta na mão mandou junto Nelson Jobim e Antônio Palocci, dois ex-ministros que Lula queria manter no governo dela. E ainda lembrar que logo a seguir mandou Tombini começar a baixar os juros da taxa Selic que estava em 12,5% (herança de Meirelles) até que chegou a 7,25% em março de 2011. Não por acaso, as Pesquisas (Data Folha e Ibope) já garantiam que ela era mais popular que Lula e FHC, e que iria se reeleger no primeiro turno em 2014. (NÃO POR ACASO, QUANDO O GOLPE COMEÇOU)
LEVY ESTAVA QUASE NO PONTO
Bastava ele se convencer de que o Brasil não pode retroceder, e que assim como Lula, não é sempre que o Mercado precisa ser atendido.
Depois que o Congresso votasse o Ajuste Fiscal e a CPMF, que poderia se transformar em IPMF (Imposto PERMANENTE sobre Movimentação Financeira) ajudando até a reduzir outros impostos no futuro, o Brasil voltaria a crescer e os pessimistas desapareceriam.

Mas se o IPMF não fosse aprovado, ainda teríamos uma reserva com quase 400 bilhões de dólares que poderia ser repatriada e transformada em OURO para lastrear Títulos do Tesouro sem juros, que seriam oferecidos ao público numa campanha de venda direta feita pelos bancos oficiais. E com  o dinheiro arrecadado começar a quitar a dívida pública do país, evidentemente, depois da AUDITORIA prevista na Constituição de 1988.  
NOTA: Esta sugestão foi dada por mim ao presidente Itamar Franco em 1993. E dela nasceu a URV que permitiu a implantação do Real.

M. Pacheco, em 16 de novembro de 2016, atualizando texto postado da mesma data em 2015

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

DILMA NÃO RECUOU DIANTE DA INQUISIÇÃO
Pinçando trechos das respostas, sem colocar as perguntas, o jornal O Globo de hoje (07/11/2014), destacou na página três, o que considerou mais importante da entrevista que a presidenta Dilma deu aos cinco maiores sócios da ANJ (O CARTEL DA MÍDIA IMPRESSA): O Globo, Valor, Estadão e Folha, numa inédita “entrevista conjunta”.
Como a gente já conhece os métodos que essa mídia usa para deformar o que a presidenta diz é fácil entender o que foi realmente perguntado e respondido:
Exemplo:
Logo no primeiro destaque, sob o título “RETOMADA DO CRESCIMENTO” como se o país tivesse parado de crescer em algum momento, encontramos aspas para um longo texto, onde Dilma deixa claro o que pensa sobre a tentativa dos USA influenciar as ações do seu governo, da mesma forma como influencia a mídia; os “especialistas” que são fontes dessa mídia; e os agentes financeiros que influenciam o Copom através do Boletim Focus.
Esse é o nosso grande desafio. Não acho que exista receita pronta, que nós devemos seguir à risca, para crescer. Os Estados Unidos que são os pragmáticos dos pragmáticos diziam que não devíamos salvar empresas privadas; que não devíamos colocar grande quantidade de moedas na economia; que não devíamos salvar bancos insolventes, nem emitir títulos para salvá-los”.
Não sei se Dilma disse assim tão claramente, mas estou certo que ela estava tentando convencer seus interlocutores de que “a maior democracia do mundo” age como naquele velho ditado: “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço!”
Até por que, de 2008 até hoje, o Banco Central Norte-americano (FED – e como fede!) já emitiu cerca de quatro trilhões de dólares (sem lastro) inundando o mundo de moedas, com as quais salvou a General Motors; um banco que havia dado golpe no mercado; e recomprou os títulos da dívida pública norte-americana e as hipotecas imobiliárias que destruíram a economia mundial de 2001 a 2008. E depois que viciou o mercado a receber dólares em quantidade incalculável (como ópio) com os quais os banqueiros compravam Títulos do Tesouro de outras nações (como o Brasil), em 2013 passou a ameaçar que iria parar de distribuir a droga, provocando o aumento dos juros da Taxa Selic; aumentando e reduzindo a cotação do dólar; e das ações de estatais na Bolsa de Valores.
Dilma também demonstrou que não acredita que a queda do preço do petróleo, do ferro, do soja tenha sido fruto da acomodação do “mercado”.
Isto não aconteceu por acaso!
Como não foi por acaso que ocorreram as manifestações que se seguiram, quando Dilma tinha 65% de aprovação em ótimo e bom e 23% em regular. E apenas 7% desaprovavam seu governo.
Mas ela deixou claro que confia em que os países emergentes ainda têm bastante espaço para crescer, alimentados e alicerçados pelos seus mercados internos, que garantem emprego e renda para o consumo.
Gostei, também, quando abordaram o tema: “AUMENTO DE MISERÁVEIS” apontado pelo IPEA, com uma pesquisa direcionada para tal resultado, pois foram incluídos como RENDA ZERO, pessoas com abastecimento de água potável (83,4%); esgotamento sanitário (73%); e nível superior completo (5,3%).
E ainda dizem que o PT é que aparelhou o Estado.
M. Pacheco republicando texto recuperado pelo Face Book de 7 de novembro de 2014.

Lembrando que depois dessa entrevista O MERCADO INTERNO passou a ser o ALVO da destruição do Governo Dilma orquestrado pelos PATROCINADORES DO GOLPE.