PESQUISAS PODEM GERAR RESULTADO ENCOMENDADO
Em
ato falho, o Instituto Data Folha selecionou 171(*) municípios em um universo
de 5.566 em todo o Brasil para fazer perguntas tendenciosas, em pesquisa
comparativa com outra realizada anteriormente, mas omitiu uma das perguntas para
fraudar o resultado, conduzindo-o aos interesses de um dos pesquisados.
(*)
171 é o número do artigo que define o que é ESTELIONATO no Código Penal. (Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento).
Essa
fraude do DATAFOLHA já está mais do que explicada por diversos comentaristas. Eu
mesmo já o fiz. Mas o que vou relatar agora é COMO SE PODE FAUDAR UMA PESQUISA. Principalmente se ela tem
objetivo político.
Atenção! Policiais
e Procuradores Federais ainda não CONTAMINADOS pelos interesses em choque!
Já é hora
de se AGIR DE OFÍCIO (não esperem ser acionados) para investigar as PESQUISAS
DE OPINIÃO. Os institutos estão entregando as mercadorias que o cliente
encomenda. E isso caracteriza CRIME DE ESTELIONATO.
VOU APRESENTAR UM
EXEMPLO HIPOTÉTICO:
CLIENTE (PT)
Objetivo
da pesquisa:
Saber
quem “APROVA O
IMPEACHMENT DE DILMA”.
PERGUNTA:
Você é
CONTRA ou À FAVOR do Impeachment da presidente Dilma?
RESPOSTA:
CONTRA ( )
À FAVOR
( )
INDIFERENTE
( ).
COMO OBTER O RESULTADO
PRETENDIDO PELO CLIENTE:
O
Instituto contratado consulta os resultados das últimas eleições (que já tem em
seus computadores) e verifica em quais municípios Dilma obteve seus mais
expressivos resultados. E nesses municípios seleciona as zonas e as seções
eleitorais onde a votação de deputados e senadores do PT é expressiva.
E manda
para esses bairros os entrevistadores.
AH! Ia
esquecendo.
Não custa
mandar que cada entrevistador faça um número bem maior de entrevistas, do que
as que serão mostradas aos órgãos de fiscalização e adversários do cliente que
o contratou.
As
respostas negativas serão inutilizadas, mantendo-se as que fornecerão os
resultados ENCOMENDADOS.
Uma
pesquisa bem feita precisa estar baseada em dados fornecidos pelo IBGE onde
cada item a ser pesquisado tem seguir uma proporção exata.
EXEMPLO:
O número
de mulheres é maior do que o de homens. Isso leva o instituto a fazer mais
entrevistas com mulheres do que com homens na razão de aproximadamente 51% para
mulheres e 49% para homens. Ou seja: em cada 100 fichas 51 devem ser de
mulheres e 49 de homens.
O mesmo
com relação aos outros itens a serem pesquisados.
Nas
eleições de 2014 o Datafolha previu um resultado bem próximo do que ocorreu. O
instituto fez a pesquisa sob encomenda da TV Globo e do Jornal Folha de São Paulo:
Segundo o
órgão:
“A pesquisa foi encomendada
pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo".
O Datafolha ouviu 19.318 eleitores em 400 municípios nos dias 24 e 25 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01210/2014.
Os pesquisadores foram orientados a pesquisar nas
regiões SUDESTE – SUL – NORDESTE – CENTRO-OESTE e NORTE, evidentemente obedecendo
a proporção de entrevistados em relação á população. O mesmo com relação a SEXO, RENDA, (ATÉ DOIS SALÁRIOS - MAIS DE DOIS A CINCO – MAIS DE CINCO A
10 – MAIS DE 10).
ESCOLARIDADE: (ENSINO FUNDAMENTAL
- MÉDIO – SUPERIOR);
IDADE (16 A 24 ANOS - 25 A 34
ANOS - 36 A 44 ANOS - 45 A 50 ANOS - 60 ANOS OU MAIS).
PESQUISA 171
Na pesquisa encomendada pelo Planalto o Data
Folha diz que consultou 2.792 pessoas em 171 municípios.
Se o Data Folha distribuiu os 171 municípios
nas CINCO REGIÕES, como em 2014, acompanhando a proporcionalidade populacional
de cada região, por certo, não conseguiu manter a mesma proporcionalidade nos
demais itens como SEXO, RENDA, ESCOLARIDADE e IDADE.
O que o Data Folha fez foi um crime contra a
Opinião Pública e deveria perder o direito de continuar fazendo pesquisas de
Opinião.
M. Pacheco, em 25 de Julho de 2016.