sexta-feira, 13 de maio de 2016

PRIMEIRO MINISTRO TRAÇA AS LINHAS DO NOVO GOVERNO
Com a autoridade de quem fala em nome dos PATROCINADORES DO GOLPE, o banqueiro Henrique Meirelles deu entrevistas, hoje, como se fosse o Primeiro Ministro do Governo Brasileiro. Nem parecia falar em nome de um governo interino que pode não durar 180 dias.
Dentre outras coisas, que ultrapassam os limites de um ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse que VAI AUMENTAR IMPOSTOS; que a CPMF VAI VOLTAR; e que O BANCO CENTRAL DO BRASIL vai sofrer uma reforma ATRAVÉS DE EMENDA CONSTITUCIONAL.
Como sabemos que não precisa de Emenda Constitucional só para dar status de ministro ao presidente do Banco Central fica a suspeita de que esse governo interino pretende fazer o que os Constituintes de 1988 não fizeram e nem mesmo Fernando Henrique – o neoliberal – teve a ousadia de tentar: Dar total Independência ao Banco Central do Brasil nos moldes do que o Congresso Norte-americano fez em 1913, quando permitiu que o Fed (e como fede) passasse a emitir a moeda nacional – o dólar.
Para se ter uma ideia de que não é nenhum bicho de sete cabeças, dar ou tirar o status de ministro ao presidente do Banco Central, basta lembrar que Lula deu esse status ao banqueiro Henrique Meirelles apenas para livrá-lo de um processado criminal. Aliás, é bom lembrar que Gilmar Mendes permitiu (ao contrário do que fez com Lula) apenas porque os dois faziam parte do mesmo partido (PSDB).
Mas voltando à Emenda Constitucional, o jornal O Globo de hoje diz que Temer costurou um ministério com 11 partidos, o que lhe garante votos de 377 dos 513 deputados. Nem vai precisar do Eduardo Cunha.

M. Pacheco, em 13 de maio de 2016, aniversário da libertação dos escravos no Brasil, e inicio do governo de Michel Temer/Henrique Meirelles.

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