segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

JUÍZES DA RIBALTA
Não combina com a figura de um juiz a exposição na mídia. A austeridade é predicado fundamental a quem exerce essa função. Até por que, quando o juiz dá declarações aos órgãos de comunicação sobre processos sob sua responsabilidade, em andamento, antecipa seu julgamento.
Não faz muito tempo era a polícia que vazava informações de inquéritos em andamento. Não raras vezes “esculachando” o preso.
Ultimamente, parece que se tornou moda juízes (de todas as instâncias) disputarem espaço com bandidos, nas páginas policiais. Isto não é bom para o Judiciário.
JUÍZES DA RIBALTA (II)
No momento, o juiz de primeira instância, mais popular é Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, no Paraná, que não esconde suas convicções políticas, chegando a selecionar o que pode ou não vazar para a mídia, dependendo do acusado. Moro chegou ao cúmulo de justificar os vazamentos dizendo que “não cabe ao Judiciário ser guardião de ‘segredos sombrios’”. Moro esquece que aos juízes cabe, sim, manterem segredo de opinião pessoal sobre o que lhes chega às mãos para  julgar.
JUÍZES DA RIBALTA (III)
Não faz muito tempo, acompanhamos a teatral performance de Joaquim Barbosa, então presidente do Supremo Tribunal Federal, que diante das câmeras da TV Justiça – cuja imagem era retransmitida pelas emissoras de televisão – apresentava-se de pé, lendo com dificuldade o texto que seus assessores redigiram, como se não lhe fosse possível usar a cadeira, em virtude de uma deficiência da coluna. Mas quando em público, não apresentava a mesma postura. Pelo contrário!
JUÍZES DA RIBALTA IV, V e VI
Expuseram-se na ribalta também, o juiz que mandou sequestrar os bens de Eike Batista e a juíza que penhorou o prédio da Petrobrás para garantir o pagamento aos que se julgam prejudicados e temem não receber o que a Justiça (em última instância) ainda vai decidir se os réus devem, ou não, pagar o que está sendo cobrado pelo juiz da instância inicial.
E já que falei de teatralidade judicial e antecipação de julgamento, que pode anular tudo o que for pré-julgado, preciso reparar um erro imperdoável, no texto original, quando omiti o nome de Gilmar Mendes que, na ânsia de apresentar serviço a quem está servindo, já anunciou seu voto pelo impeachment da presidenta Dilma.
M. Pacheco, em 15/2/2016, corrigindo e atualizando texto de 15/2/2015

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