LAVA JATO PODE CHEGAR EM CESAR MAIA
Na
página quatro de hoje, sem qualquer constrangimento, o jornaleco (como diria
Renan para esculachar) decidiu associar o nome de Leonel Brizola com da
Empreiteira Odebrecht, aproveitando-se de um relatório publicado em 1985, pela Companhia
Brasileira de Projetos e Obras – CBPO – uma das maiores empresas de engenharia
da época, onde constam obras como “a execução do empreendimento da Rua Marques
de Sapucaí (Passarela do Samba) para a Riotut – Empresa de Turismo do Município
do Rio de Janeiro S.A”.
E
na esteira das insinuações diz que dentre os membros do Conselho de
Administração da CBPO constam os nomes dos delatores Pedro Novis, Emílio
Odebrecht e do patriarca Norberto Odebrecht.
A
matéria, assinada por Gustavo Villela (villela@oglobo.com.br)
intitulada “Vale o que está escrito” usa como subtítulo o seguinte:
“Anúncio de página inteira publicado no GLOBO em 1985 “COMPROVA” (o destaque é meu) que
Odebrecht esteve na linha de frente de obra no Sambódromo, agora listada em
delação”.
Não
conheço o “jornalista” Gustavo Villela. Mas se é dele esse subtítulo e se a
matéria não sofreu copidesque do Merval, posso garantir que o futuro dessa “jornalista”
é promissor nas Organizações Globo.
Associar
o nome de Brizola à empreiteira que hoje é o símbolo da corrupção, quando o
próprio jornal que dispõe de um quadro de jornalistas investigativos nunca
conseguiu provar qualquer ato irregular do político que governou o estado do
Rio de Janeiro por duas vezes, é coisa de quem desceu ao fundo do poço, abaixo
do volume morto.
Talvez
por que as delações da Lava Jato tenham chegado aos anos noventa com Fernando Henrique
Cardoso, e de passagem atingirem José Serra, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, Beto
Rixa e Marconi Perillo, o jornal O Globo esteja tentando levar a sujeira até aos
anos 80 para atingir Leonel Brizola.
Mas
o que o jornaleco vai conseguir, nessa investida ao passado, será alertar os
delatores da OAS que a licitação ANULADA da Linha Amarela foi idêntica ao que
se fez quando a quadrilha de empreiteiras (apelidada de cartel) decidiu quem venceria
as licitações fraudadas no governo Sergio Cabral.
Foi
por isso que abri esse texto fazendo um alerta ao Cesar Maia. Periga do nome de
ex-Prefeito do Rio de Janeiro aparecer nas delações da OAS.
M.
Pacheco, em 18/4/2017
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