terça-feira, 18 de abril de 2017

LAVA JATO PODE CHEGAR EM CESAR MAIA
Na página quatro de hoje, sem qualquer constrangimento, o jornaleco (como diria Renan para esculachar) decidiu associar o nome de Leonel Brizola com da Empreiteira Odebrecht, aproveitando-se de um relatório publicado em 1985, pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras – CBPO – uma das maiores empresas de engenharia da época, onde constam obras como a execução do empreendimento da Rua Marques de Sapucaí (Passarela do Samba) para a Riotut – Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro S.A”.
E na esteira das insinuações diz que dentre os membros do Conselho de Administração da CBPO constam os nomes dos delatores Pedro Novis, Emílio Odebrecht e do patriarca Norberto Odebrecht.
A matéria, assinada por Gustavo Villela (villela@oglobo.com.br) intitulada “Vale o que está escrito” usa como subtítulo o seguinte:
“Anúncio de página inteira publicado no GLOBO em 1985 “COMPROVA” (o destaque é meu) que Odebrecht esteve na linha de frente de obra no Sambódromo, agora listada em delação”.
Não conheço o “jornalista” Gustavo Villela. Mas se é dele esse subtítulo e se a matéria não sofreu copidesque do Merval, posso garantir que o futuro dessa “jornalista” é promissor nas Organizações Globo.
Associar o nome de Brizola à empreiteira que hoje é o símbolo da corrupção, quando o próprio jornal que dispõe de um quadro de jornalistas investigativos nunca conseguiu provar qualquer ato irregular do político que governou o estado do Rio de Janeiro por duas vezes, é coisa de quem desceu ao fundo do poço, abaixo do volume morto.
Talvez por que as delações da Lava Jato tenham chegado aos anos noventa com Fernando Henrique Cardoso, e de passagem atingirem José Serra, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, Beto Rixa e Marconi Perillo, o jornal O Globo esteja tentando levar a sujeira até aos anos 80 para atingir Leonel Brizola.
Mas o que o jornaleco vai conseguir, nessa investida ao passado, será alertar os delatores da OAS que a licitação ANULADA da Linha Amarela foi idêntica ao que se fez quando a quadrilha de empreiteiras (apelidada de cartel) decidiu quem venceria as licitações fraudadas no governo Sergio Cabral.
Foi por isso que abri esse texto fazendo um alerta ao Cesar Maia. Periga do nome de ex-Prefeito do Rio de Janeiro aparecer nas delações da OAS.

M. Pacheco, em 18/4/2017 

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