FALTA EQUILÍBRIO
EM CARMEN LÚCIA
Acompanhem
essas datas:
Em
03/5/2016, o partido da Rede Sustentabilidade deu entrada em ação (com pedido
de liminar) argumentando que o presidente da República não pode responder a
ações penais.
Naquela
data, Michel Temer já havia sido condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo
e esgotadas todas as fases recursais. Portanto, na condição de inelegível.
Mesmo
assim, no dia 12/5/2016 o vice-presidente (inelegível) assumiu, provisoriamente
a Presidência da República aguardando a decisão do Senado, sem que o STF tomasse
qualquer atitude, enquanto a Ação da Rede permanecia na gaveta, não se sabe por
quê.
Passados
quase sete meses, a presidenta Carmen Lúcia, depois de agir como presidenta do
Sindicato dos Juízes, em pronunciamento nitidamente corporativo, comprou uma
briga contra o presidente do Congresso Nacional por ele ter questionado a decisão
de um juiz de Primeira Instância que passou por cima do STF ao mandar a Polícia
Federal INVADIR o Senado Federal, prender servidores da casa e confiscar
equipamentos (inclusive computadores onde podem estar arquivados documentos sigilosos)
qualificando-o de JUIZECO;
Não
satisfeita, Carmen Lúcia decidiu marcar para o próximo dia 03/11/2016 o
julgamento de uma ação que pode tirar de Renan o direito de assumir a
Presidência caso Temer e Rodrigo Maia sejam afastados ou se afastem do país em
eventual viagem.
Ou
seja: um ato desnecessário, impensado, nitidamente vingativo, que, nem mesmo o
autor da ação está interessado, uma vez que o alvo era o deputado Eduardo
Cunha, então presidente da Câmara.
Ou
será que Carmen Lúcia sabe de alguma coisa que nós não sabemos?
Afinal,
ela faz parte da linha sucessória e as delações da Odebrecht podem retirar de
sua frente todos os atuais sucessores, caso o pedido da Rede seja atendido.
M.
Pacheco, questionando a LUCIDEZ de Carmen Lúcia ao marcar para amanhã (*) um
julgamento que os ministros da Corte já consideravam desnecessário.
(*)
Se considerarmos os feriadões de 28/10 e 2/11, 3/11 será o próximo dia útil.
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